Burlas automóveis: 6 mais comuns e como as evitar

Quando o preço é bom demais para ser verdade, normalmente é. Aqui estão as 6 burlas automóveis mais comuns e como as evitar.

burlas automóveis

O mercado de segunda mão oferece excelentes oportunidades de ter um carro como novo a um preço mais acessível, mas é importante tomar alguns cuidados para evitar surpresas. Dizemos-te quais são as burlas automóveis mais comuns, os sinais a que deves estar atento para não cair na armadilha e ainda como fazer queixa.


6 burlas automóveis mais comuns

Estas são as burlas automóveis mais comuns. Toma nota para não seres apanhado desprevenido.

1. Carros elétricos sem baterias

Nesta burla automóvel, o esquema é simples: o vendedor oferece um carro elétrico usado a um preço mais baixo do que o normalmente praticado, mas, na verdade, o carro não tem bateria. Neste caso, o vendedor tenta tirar partido do desconhecimento do comprador sobre o funcionamento dos carros elétricos. Mas um carro elétrico, sem uma bateria funcional, é inútil.

Para evitar cair neste esquema, é importante fazeres uma vistoria minuciosa ao carro antes de o comprares. Verifica se existe uma bateria e pede ao vendedor para demonstrar o funcionamento do carro. Assim, não corres o risco de ser enganado.

2. Carros com documentos falsos

Neste caso, o comerciante tenta vender um carro usado com documentação fraudulenta. É fácil cair neste esquema, porque a autenticidade da documentação é difícil de detetar. Pode acontecer que o carro não esteja legalmente registado ou que determinados dados estejam alterados, como o número de chassis ou dados do proprietário. Normalmente, esta burla acontece para ocultar problemas no carro, fazendo o comprador acreditar que está a adquirir um carro em bom estado.

É importante verificar sempre todos os documentos do carro antes de o comprar. Podes aceder ao site do IMT para saber o historial de inspeções do carro, e só precisas de inserir a matrícula do carro que queres comprar. Verifica também se há alguma hipoteca ou reserva de propriedade sobre o carro, consultando o Documento Único Automóvel (DUA) ou, para não haver dúvidas, a Conservatória do Registo Automóvel. Além disso usa o VIN (Vehicle Identification Number) que consta no DUA para consultar todos os detalhes do carro no site vin-info.com, como as características, o fabricante, se esteve envolvido em sinistros ou se foi dado como roubado.

3. Carros com problemas

Esta é outra burla comum no mundo automóvel. O vendedor disponibiliza um carro usado a um preço surpreendentemente atrativo, mas não revela factos importantes sobre o seu estado. Por exemplo, pode omitir que o carro tem problemas mecânicos ou de funcionamento elétrico.

Para evitar cair nesta burla, deves examinar o carro cuidadosamente antes de o comprar, e fazer um test-drive. De preferência, faz-te acompanhar por um mecânico de confiança para detetar falhas que possam passar despercebidas ao olho comum. Experimenta o carro, dando especial atenção ao seu comportamento na aceleração, travagem e direção. E, claro, pergunta sempre ao vendedor sobre quaisquer problemas de funcionamento ou falhas mecânicas que possam existir.

4. Carros recuperados de sinistros

Os carros recuperados de sinistros são veículos que sofreram danos significativos devido a colisões, cheias, incêndios ou outro tipo de acidentes. Geralmente, são considerados “perda total” pelas companhias de seguros, o que significa que o custo de reparação excede o valor de mercado do carro. No entanto, pode acontecer que estes carros sejam reparados e colocados novamente à venda, muitas vezes ainda com problemas que afetam segurança, o desempenho e o valor do veículo, sem que os compradores sejam informados sobre isso.

Para não comprares gato por lebre, e como já recomendado no ponto anterior, acede a site vin-info.com, insere o VIN que consta no DUA e confirma se o carro esteve envolvido em sinistros. Podes também pedir online a Certidão Permanente Automóvel, que contém os dados atualizados do carro, e tem o custo de 10 euros. E, claro, leva contigo um mecânico experiente.

5. Carros roubados

Neste caso, os vendedores roubam um carro e tentam vendê-lo como se fossem os seus proprietários. Falsificam documentos e informações relacionadas com o carro para ocultar a sua origem. Cair nesta fraude pode ter consequências graves. O carro pode ser apreendido e devolvido ao proprietário legítimo, o que significa que não só perderás carro como também o dinheiro que investiste na compra.

Felizmente, existem formas de descobrir se um carro é roubado. Importante verificar a autenticidade dos documentos, dando atenção ao selo em holograma que não é possível replicar. Confirma também que o número de chassis é igual nos vários locais do carro (os mais comuns são junto à porta do condutor, no chão do carro, perto do para-brisas ou no motor). Vê também se as datas de fabrico das peças, como os cintos de segurança, condizem com o ano de fabrico do carro.

6. Carros com contador de quilómetros alterado

Esta é também uma das burlas automóveis mais comuns. O vendedor altera o conta quilómetros para um valor inferior, para exibir uma quilometragem menor do que a real. O objetivo é fazer o comprador acreditar que o veículo foi menos utilizado e, portanto, tem um valor maior. Nos carros mais recentes, esta alteração até é relativamente fácil de fazer e difícil de detetar, pelo que é importante estar atento a esta possibilidade quando comprares um carro usado.

O que fazer? Pede para ver o registo das Inspeções Periódicas Obrigatórias (IPO). O documento comprovativo regista os quilómetros que o carro tem no momento da inspeção. Assim, podes ficar a saber se o que te disseram corresponde à verdade. Vai ainda mais longe e confirma os quilómetros em todas as inspeções feitas. Se baixaram ou se são os mesmos de um ano para o outro, o contador terá sido alterado.


Como apresentar queixa por burla automóvel?

A burla automóvel é um crime punível com pena de prisão até três anos ou com multa equiparada. Para isso, é necessário que a pessoa lesada apresente queixa.

Comunicar às entidades competentes

Deves apresentar uma queixa formal às autoridades competentes (Guarda Nacional Republicana, Polícia Judiciária, Polícia de Segurança Pública) por correio registado ou e-mail. Descreve claramente todos os factos e anexa provas, como mensagens escritas trocadas com o vendedor ou fotografias. Se não conseguires identificar o vendedor, remete a queixa ao Tribunal de Instrução Criminal, para que a identidade dos responsáveis seja investigada.

Recorrer ao Centro de Arbitragem ou Julgado de Paz

Se o valor em causa não ultrapassar os 5 mil euros, podes recorrer ao Centro de Arbitragem do Setor Automóvel ou a um Julgado de Paz. São entidades autorizadas pelo Ministério da Justiça com processos mais rápidos e menos dispendiosos. As entidades começarão por tentar mediar e conciliar a situação, de forma a chegar a um acordo comum que resolva o conflito. Se este passo falhar, avança-se para um julgamento arbitral que decide o litígio de forma definitiva.

Reclamar no Portal do Consumidor

Se fores burlado por uma empresa, podes reclamar no Portal do Consumidor, identificando a pessoa coletiva em causa e fazendo uma descrição breve, minuciosa e rigorosa dos factos. Podes também recorrer à DECO (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor), que pode orientar nas ações a tomar e oferecer apoio jurídico aos associados.


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